A rã Mainu - Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada
Este é um projeto criado com o apoio do PNL 2027. Através do canal de youtube disponibilizado é possível aceder, gratuitamente, a várias histórias.
Quando o filho de Kimanaueza chegou à idade de casar, o pai perguntou-lhe se queria escolher noiva. Ele deu uma resposta surpreendente:
- Não me casarei com uma mulher da Terra, só casarei com a filha do rei Sol e da rainha Lua.
- E como é que pensas pedi-la em casamento?
- Cá me hei de arranjar.
O rapaz escreveu uma carta e foi pedir a uma zebra que a levasse.
Ela recusou:
- Sendo um animal terrestre, não posso ir ao Céu levar a carta.
- Tens razão, vou arranjar outro mensageiro.
Depois de falar com o antílope, que lhe deu uma resposta semelhante à da zebra, o rapaz procurou quem pudesse voar. Teve uma conversa com o falcão, que ainda agitou as asas mas desistiu.
- Desculpa, não te posso valer, o Céu é muito alto.
Quanto ao abutre, foi mais direto:
- Nem penses. O fôlego só me permite ir até meio caminho.
Desconsolado, o rapaz guardou a carta. Aconteceu que a notícia daquele estranho desejo já se tinha espalhado pela aldeia e chegou aos ouvidos da rã Mainu, que resolveu ir oferecer os seus serviços.
O rapaz ficou admirado e até zangado.
- Como te atreves a dizer que vais ao Céu, se aqueles que possuem asas garantem que não é possível? - Dá-me a carta e eu levo-a – insistiu a rã Mainu.
Ele acedeu com maus modos:
- Toma. Mas olha se não cumprires o combinado levas uma sova.
A rã não ficou nada aflita. Sabia que os criados do rei Sol tinham por hábito descer à Terra para recolher água num poço, e tratou de se esconder nesse poço com a carta presa na boca. Pouco depois ouviu barulho, percebeu que alguém lançara à água um balde, enfiou-se lá dentro e assim viajou até ao Ceu sem ninguém saber. Chegando ao destino, deu um pulo e foi colocar a carta no quarto do rei Sol e da rainha Lua.
Eles ficaram muito admirados quando leram a carta mas aceitaram o pedido. A rã Mainu regressou a casa pelo mesmo processo.
A noiva desceu à Terra deslizando por um fio especial tecido pela aranha que tecia o rei. O rapaz casou com a filha do rei Sol e da rainha Lua, foram felizes para sempre e tudo graças à inteligência viva da rã Mainu.
- Não me casarei com uma mulher da Terra, só casarei com a filha do rei Sol e da rainha Lua.
- E como é que pensas pedi-la em casamento?
- Cá me hei de arranjar.
O rapaz escreveu uma carta e foi pedir a uma zebra que a levasse.
Ela recusou:
- Sendo um animal terrestre, não posso ir ao Céu levar a carta.
- Tens razão, vou arranjar outro mensageiro.
Depois de falar com o antílope, que lhe deu uma resposta semelhante à da zebra, o rapaz procurou quem pudesse voar. Teve uma conversa com o falcão, que ainda agitou as asas mas desistiu.
- Desculpa, não te posso valer, o Céu é muito alto.
Quanto ao abutre, foi mais direto:
- Nem penses. O fôlego só me permite ir até meio caminho.
Desconsolado, o rapaz guardou a carta. Aconteceu que a notícia daquele estranho desejo já se tinha espalhado pela aldeia e chegou aos ouvidos da rã Mainu, que resolveu ir oferecer os seus serviços.
O rapaz ficou admirado e até zangado.
- Como te atreves a dizer que vais ao Céu, se aqueles que possuem asas garantem que não é possível? - Dá-me a carta e eu levo-a – insistiu a rã Mainu.
Ele acedeu com maus modos:
- Toma. Mas olha se não cumprires o combinado levas uma sova.
A rã não ficou nada aflita. Sabia que os criados do rei Sol tinham por hábito descer à Terra para recolher água num poço, e tratou de se esconder nesse poço com a carta presa na boca. Pouco depois ouviu barulho, percebeu que alguém lançara à água um balde, enfiou-se lá dentro e assim viajou até ao Ceu sem ninguém saber. Chegando ao destino, deu um pulo e foi colocar a carta no quarto do rei Sol e da rainha Lua.
Eles ficaram muito admirados quando leram a carta mas aceitaram o pedido. A rã Mainu regressou a casa pelo mesmo processo.
A noiva desceu à Terra deslizando por um fio especial tecido pela aranha que tecia o rei. O rapaz casou com a filha do rei Sol e da rainha Lua, foram felizes para sempre e tudo graças à inteligência viva da rã Mainu.